sábado, 6 de outubro de 2012




Me vê um copo de whisky, por favor !




Hoje é uma daquelas noites que me dá uma vontade incalculavel de escrever. Momento de colocar aquela angustia para fora, pegar um copo de whisky com gelo e passar a noite enchendo a cara e pensando 'como eu consegui fazer toda essa baboseira de novo? ' .
Quantas esquinas eu ainda vou ter que dobrar para perceber que continuo no mesmo caminho, que encontro as mesmas pedras, tropeço nas mesmas, levanto e continuo andando no mesmo caminho.
Sentir-se desamada é um sentimento de pena. Levar foras é igual acordar cedo nas segundas-feiras, dói, e não é pouco. Odeio fins, odeio de verdade.
Odeio fim com cara de bonzinho, gosto do fim com um não estampado na minha cara, com dor e com choro. Gosto de saber que é um fim, e que aquilo vai me corroer por dentro, vai me fazer ter desesperança, vai fazer eu me perder no meio dos meus sonhos, vai atrapalhar a minha vida, meu trabalho, meus estudos, meu sono.
Diga me não quando não me quiser mais, grite se for preciso pra eu entender.
Não seja gentil e nem dócil, me faça sentir como uma coitada, não tenha dó.
Me maltrate, não me faça me sentir unica, que eu seja mais uma, não me de importância.
Deixe me ir, pra nunca mais sentir vontade de voltar, não me deixe com nenhum pingo de esperança.
Acho extremamente necessário sentir dor, pra saber que um fim é fim, para dar uso ao seu entendimento.
Para se passar por aquelo longo e doloroso processo de luto, esperar o ciclo se fechar, ouvir uma musica e seus olhos encherem de lágrimas e os pensamentos saltarem diretamente para outro planeta.
É disso que eu preciso quando o fim resolve mais uma vez me visitar, fantasio que o fim deva gostar muito de mim, quando eu menos espero, ali está ele, do outro lado da rua, indicando o dedo pra mim e dando aquela risadinha sarcástica ' te peguei mais uma vez ' .

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