Hoje passei horas pensando na palavra mudança. O que não deu certo, o quanto que não ficou satisfeito, se tentou e falhou. Devemos sempre procurar um novo caminho e tentar até conseguir acertar, nada de desistências, já aboli essa palavra do meu contexto, do meu vocabulário, dos âmbitos e parâmetros da minha vida.
Se até Thomas Edison, inventor da lâmpada ( e também inventor do fonógrafo, projetor de cinema e aperfeiçoou o telefone), tentou mil vezes até acertar na invenção da lâmpada que hoje é nossa ilustríssima dona iluminada. E porque não tentar também umas mil vezes até conseguir acertar.
Tem dias que me pego pensando seriamente em mudar de profissão, mas não porque minha profissão não deu certo ou porque não gosto do que faço, mas enxergo que posso ser muito mais feliz ampliando meu caminho.
Mas o foco de hoje não é minha profissão e nem a tal da felicidade (que é tão desejada), percebi que também tenho o direito de escolhas a partir das minhas mudanças internas, experiências amorosas, arrependimentos, culpas, dores, choros, noites mal dormidas, olheiras, enfim, um tanto de coisas que já passei.
Não importa se eu tenho 15 ou 50 anos, independente da idade, eu posso escolher com o que ou com quem eu quero viver. Principalmente com quem eu quero viver e conviver, como é difícil escolher com que homem eu quero me vestir hoje.
Antes eu tinha um medo danado de ficar só, já sai com caras "burrinhos", chatos, pseudo-intelectuais, bombadinhos, altos, baixos, magrinhos, gordinhos, sem assunto, loiros, morenos, que falam demais, com beijos ruins, com aromas ruins, enfim, quantas pessoas sem conteúdo já passaram por mim porque eu tinha medo de ficar sozinha, por medo de ficar de lado, por medo da solidão.
Que medo mais infantil e bobo, hoje dou até risada de mim mesma. É tão bom olhar para trás e ver que hoje sou feliz comigo mesma, minha companhia me faz tão bem. Mas deixo claro que um ombro amigo e dormir abraçadinho é ótimo. Mas faço isso somente quando me agrada, talvez o amor da minha vida já tenha passado por ela, e não ficou, mas outras coisas agora poderão ficar, que me fará sorrir igual aos dias em que eu ia ao circo.
Sim, confesso, já sai com alguns tipos de cara, mas algumas dessas pessoas que entraram e saíram da minha vida deixaram marcas que ficaram para sempre, como uma cicatriz, outros nem um borrão de tinta conseguiram deixar.
Mas hoje já não entro mais nessa classificação de todos, hoje me basta um só, mas que venha com as qualidades que eu escolhi, durante esse longo processo de seleção eu tive a oportunidade de ver o que se encaixa ou não no meu perfil.
E o cara não precisa ser necessariamente bonito, precisa só agradar aos meus olhos, e precisa ser inteligente, de bem com a vida, com um espírito de turista, tem que ter amor pelas viagens, ter gosto por conhecimento e conter um cultura original. Que seja doce, cheiroso, e um pouquinho bravo, para me fazer chorar, e depois vir me abraçar e me fazer acreditar que é único.
Trair, mentir, sair escondido, fica em um passado sem volta, não quero mais, não quero mais sentir o gosto de quem perde. Talvez não seja uma grande paixão, e as vezes acho mesmo que não vai ser, quero algo calmo, com gosto de flores e som leve.
E afirmo e confirmo que com 23 anos eu escolho o que e quem eu quero para minha vida, posso te beijar, mas isso não quer dizer que vou me casar com você. Sou do lado da vida das pessoas que escolhe, principalmente quem eu quero, não acredito mais naquela frase (passei anos acreditando nisso, quanta bobagem a gente escuta nessa vida) " quem escolhe muito, um dia será escolhido ". Mentira !
ESCOLHA, queira ser feliz com o que te faz feliz.
Se eu esperar para viver com quem me escolhe, vou morrer só, tenho um defeito horrível, não sei ligar, não sei mandar mensagens de boa noite ou ficar de mimos com quem me escolhe, só faço isso, quando eu olho e penso "huuum, é você" !
E se eu não achar o tal do escolhido (se é que ele existe), vivo muito bem sozinha, com minha profissão e bilhares de sonhos que carrego no bolso, amadurecer me fez bem mais feliz, bem mais mulher.
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